O Embaixador da República Islâmica do Irão em Portugal, durante a sua visita às instalações e terminais do Porto de Sines, observou atentamente as suas potencialidades operacionais no domínio da importação de petróleo, gás, petroquímica e mercadorias contentorizadas. Morteza Damanpak Jami no seu encontro com a autoridade portuária – a Administração do Porto de Sines (APS) – e com os administradores da Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), foi enfatizada a possibilidade de utilizar as capacidades deste porto para o armazenamento e distribuição de produtos energéticos iranianos, especialmente gás natural liquefeito (GNL), para satisfazer parte das necessidades energéticas da Europa. O Porto de Sines está localizado 150 km a sul da capital portuguesa, na costa atlântica. Devido às suas características geofísicas, é único porto de águas profundas do país e do sul da Europa, sendo a principal porta de entrada de abastecimento energético do país (crude, produtos refinados e gás natural), bem como o principal porto na fachada atlântica de Portugal onde passa mais de metade do tráfego portuário do país, sobretudo de contentores. Com a possibilidade de acostar petroleiros gigantes e navios porta-contentores, com cinco terminais de carga e descara especializados que permitem o movimento de diferentes tipos de mercadorias, juntamente com a existência de uma rede de oleodutos e acessibilidades terrestres para o tráfego e distribuição – ou seja, ligações ferroviárias directas entre linhas nacionais e internacionais, a partir da zona industrial para Portugal e na Espanha ocidental – o Porto de Sines é considerado um porto de excelência. Devido a guerra na Ucrânia, a realidade do abastecimento energético da Europa realçou a importância do Porto de Sines para satisfazer parte das necessidades energéticas da Europa. Com isto, Portugal tenta estabelecer a sua posição como sendo a "porta atlântica da Europa".